A Islândia possui uma diversidade absurda de atrações para um país que nem é tão grande assim. Seu povo acredita na existência de elfos, tubarão é servido à mesa, no verão quase não anoitece e no inverno quase não se vê a luz do dia. Há vulcões e gelo para todo lado, o que criou a combinação perfeita para que as fontes termais fossem exploradas como um dos recursos naturais mais valiosos para o país. Ou seja: motivos para vistar não faltam!
Em tempos de aquecimento global, em breve o mundo voltará seus olhos para eles, que por enquanto, só fazem é a alegria dos turistas com cada paisagem de tirar o fôlego.
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10 motivos para visitar a Islândia
1. A cada meia hora na estrada você encontra uma cachoeira
A Islândia tem água em abundância, com suas hot springs, geleiras e suas mais de 360 cachoeiras. Cada uma tem suas peculiaridades, mas duas delas são as minha preferidas: Seljalandsfoss e Gullfoss.
Seljalandsfoss é alucinante pelo simples fato de que você pode ficar atrás da cachoeira, embaixo de uma gruta. Ver a cascata de água do fundo é como estar dentro das pedras, ter uma visão privilegiada e até então inimaginável. Acho que essa sensação é algo difícil de conseguir em algum outro lugar.
Já Gullfoss impressiona pelo tamanho, pela força e pelo barulho da água. Cravada entre duas montanhas, ela possui alguns degraus até sua queda principal, de mais de 30 metros.
2. Você vai conhecer o maior parque nacional da Europa
O parque nacional Vatnajökull ocupa nada mais nada menos do que 14% do terreno da Islândia. Se você não está familiarizado com as dimensões do país, isso representa quase 14 mil km².
Grande parte da área é coberta por uma geleira – que leva o mesmo nome do parque – de 8 mil km² de extensão e 400 metros de altura em média, podendo chegar a até mil metros em alguns casos. Essa é uma das razões pelas quais a gente pensa que o mundo vai se curvar aos islandeses quando o problema da água resolver ser levado a sério.
3. Geleiras, Geleiras e mais geleiras
Em um país pequeno como a Islândia, existem mais de 10 geleiras, de norte a sul, de leste a oeste. Quando acampamos em Skaftafell, fizemos um passeio na geleira Svínafellsjökull e, tanto a paisagem quanto a sensação de estar caminhando sobre pequenos “montinhos de gelo”, é fantástica.
Já na Langjökull, mais próximos de Reykjavik, embarcamos numa aventura sem igual: andar de snowmobile, que é uma espécia de moto com duas pás de esqui em cada lado do piloto. O trajeto é lindo e a parada que fizemos no alto da montanha, também.
4. Tem vulcões e campos de lava
Muitas pessoas dizem que a paisagem da Islândia faz você pensar que está na lua. Em alguns lugares, o solo acidentado em um terreno plano, coberto de coisas que você não consegue classificar como planta ou apenas um monte de terra, dá realmente a impressão de que estamos em outro mundo. Tanto é que o filme Interstellar teve cenas gravadas na Islândia.
O cenário descrito acima são os campos de lava. O esquema é mais ou menos o seguinte: os vulcões entram em erupção e, quanto maior for o tempo de inatividade do vulcão, maior será o estrago quando ele voltar à ativa. Aí, a lava e as cinzas atingem campos dos fazendeiros em proporções assustadoras ao ponto de algumas cidades terem que ser evacuadas. As cinzas e as lavas vão aos poucos de misturando e formam uma paisagem estranha, mas ao mesmo tempo única. Alguns até diriam que é bonita.
5. “Vulcão de água quente” e banhos termais abaixo de zero
O Blue Lagoon e os Gêiseres são os exemplos mais famosos das hot springs ou águas termais da Islândia. Pela proximidade com a capital, Reikjavik, a maioria dos turistas vai conhecer estes dois lugares, embora algumas áreas termais possam ser encontradas até mesmo no meio da estrada.
As piscinas termais são simplesmente piscinas super quentes e o barato desses lugares é que eles são a céu aberto e geralmente faz um frio da porra danado do lado de fora. Os gêiseres são umas piscininhas muito quentes e que – do nada – jogam água pra cima de tempos em tempos, parecendo um vulcão de água.
6. Sua capital é a mais ao norte da Europa
Reikjavik é um dos lugares mais legais que já estivemos. A cidade é pequena, bem plana e tinha tudo para ser uma daquelas cidades bem tradicionais, pois é pequena em termos de população, possui em torno de 120 mil habitantes.
A cidade é a capital mais ao norte da Europa. Legal, mas o que isso significa? Bom, você pode ver isso de diversas maneiras: o lado negativo é que faz frio o ano todo e que no inverno você só vê a luz do sol por 4 horas a cada dia.
Em compensação, no final de junho você tem dias completos que não escurecem. Pra dormir é um pouco complicado, mas pra fazer trilhas é um paraíso, pois você não precisa se preocupar com a hora ao sair pro “mato”.
7. Thósmork – Paisagens que parecem pinturas
A nossa primeira parada na Islândia após deixar Reikjavik foi em Thósmork, uma região famosa por suas trilhas e por paisagens que parecem pinturas. Estar no topo de uma montanha nessa região é ver uma paisagem sem ter certeza de que ela realmente existe.
Além disso, Thósmork possui uma das coisas mais estranhas que já vimos: existe um rio que corre entre as montanhas, ou deveria. Acontece que as águas baixam tanto que no final das contas nem parece que existe água correndo por lá.
Em outros pedaços, no entanto, os riachos são mais fundos e atrapalham o transporte local, fazendo com que somente veículos 4×4 possam passar por certas rotas.
Em alguns lugares, pra se ter uma ideia, os carros são indicados a parar e telefonar para que os veículos 4×4 os busquem. É o caso do Volcano Huts, o camping onde nos hospedamos na nossa primeira viagem de trilha. Quem vai até lá de carro sem um veículo off road, precisa estacionar longe e chamar um transporte mais equipado. Caso contrário, é água no motor na certa e uma dor de cabeça no bolso imensa.
8. Thingvellir – O parque nacional que separa placas tectônicas
O Golden Circle é um dos passeios mais famosos na Islândia, pois sai de Reikjavik, passa pelos Gêiseres, pelas cataratas de Gullfoss e pelo parque nacional Thingvellir, que serviu de cenário da série Game of Thrones.
Para ser cenário do seriado, já dá pra deduzir que o lugar é lindo, mas existe também uma curiosidade sobre o local que deixa muitos turistas de boca aberta: bem na metade do parque, duas placas tectônicas estão se separando 4 cm por ano!
É o único lugar do mundo em que o movimento de placas tectônicas pode ser visto acima do nível do mar.
9. Queridinha de Hollywood
Fortes indícios mostram que a Islândia é material de qualidade para produções audiovisuais mundo afora. Como já falamos acima, o filme Interstellar – com Matthew McConaughey, Anne Hathaway e Matt Damon – teve cenas gravadas na Islândia.
Antes disso, porém, o renomado diretor Christopher Nolan mandou construir uma estrada de chão ligando a rodovia A1 com a beirada da geleira de Vatnajökull para filmar Batman Begins em 2004.
Quer um exemplo mais recente? Se você acompanha Sense 8 no Netflix, já deve ter ficado de queixo caído com as paisagens islandesas que cercam Riley (Tuppence Middleton) no decorrer da série.
10. Tem até praia de areia preta
Você já viu uma praia de areia escura? Mas escura mesmo? Preta, na verdade? Pois é, em Vik, uma cidadezinha minúscula de 300 habitantes, a praia é assim. A areia – que na verdade não é areia – é feita de basalto, uma rocha fina que é originada de erupções vulcânicas. Por isso, de longe parece que a praia possui uma areia escura mesmo.
Não que alguém queira entrar no mar na Islândia, né, mas a título de curiosidade, o mar é bravo, mesmo no raso as ondas quebram fortes. Vik fica a 179 km de Reikjavik.
Lindo, lindo e mais lindo, apaixonado por esse país 😍😍😍😍😍
Já imaginava a magia e belezas da Islândia. Mas contada por por vocês me impressionou ainda mais. Reforça um dos lugares que quero conhecer. Parabéns pelas informações e imagens que ficaram lindas.
Obrigado, Otizete! Espero que você consiga conhecer o quanto antes!
Caraca, que viagem sensacional! Já imaginava que a Islândia possuía os seus encantos, mas depois do post de vocês tive certeza. Que lugares incríveis que o país possui. Que belas paisagens!! Fiquei impressionada. Sem dúvida um lugar para se visitar um dia.
E tem tanta coisa pra ver que você não faz ideia, Carol! A gente ainda vai ter que voltar lá no inverno, pra ver a aurora boreal, voltar no verão, pra fazer a rota que dá a volta no país! =)