Apesar de ser a capital da Noruega, Oslo não é o principal chamariz de turistas para visitar o país. Os Fiordes, é claro, são o primeiro motivo para quem visita. Mas isso não faz da cidade um lugar menos importante que não deveria constar na sua lista em uma viagem à Europa. Pelo contrário. Nós passamos cinco dias inteiros por lá e listamos o que fazer em Oslo para quem quer curtir o destino em câmera lenta ou numa passagem mais acelerada!
Roteiro de viagem à Oslo: o que fazer em 2 e 3 dias
Como disse, essa lista pode ser feita em velocidade 2x ou no ritmo que a cidade lhe propor. Se você tiver entre um dia e meio e dois dias, já dá para ver quase tudo – ou tudo mesmo, se os pés aguentarem o pique.
Nossa viagem foi mais tranquila porque fomos com a Nina e a Tati estava trabalhando de lá.
Fomos na primavera, quando começou a esquentar um pouco. Voltamos outra vez no verão. Sua experiência pode ser ligeiramente diferente se for no inverno.
1- Ópera de Oslo: o cartão postal
A Ópera de Oslo é hoje o cartão postal da cidade. Perto da estação central e de frente para as águas, ela é uma atração para turistas e moradores.
O Design da ópera é recheado de rampas que levam as pessoas até o topo da construção. Em dias de sol, uma multidão caminha ali por cima e admira as vistas para vários pontos da cidade.
A ideia por trás da arquitetura da ópera é que, assim como a natureza norueguesa, ela pode ser explorada e visitada por todos e de forma gratuita. Por isso esse pátio enorme lá no alto, sem custos para quem visita.
2- Deichman Bjorvika – a biblioteca pública que é um chamariz de turistas e moradores
A principal biblioteca pública de Oslo fica em um prédio com design arrojado por dentro e por fora. Ao todo, são cinco andares com uma vasta coleção em diversos idiomas (achei até um livro sobre a história do futebol da Somália em somali).
Mas, apesar do nome biblioteca, o lugar é um verdadeiro centro cultural, com várias oficinas de uso comunitário, como costura, serigrafia e até impressão 3D, além de espaços para reunião e também áreas onde é possível trabalhar.
No térreo, há um restaurante e uma cafeteria garantem casa cheia todos os dias.
E pra quem tem filhos, uma ótima opção do que fazer em Oslo com crianças: um andar inteiro com atividades e espaços infantis, desde áreas para bebês (e estacionamento de carrinhos logo ao lado do elevador) a espaços mais interativos e de leitura para os mais crescidos, com, inclusive, livros em português.
A biblioteca Deichman Bjorvika vale a pena visitar mesmo numa passada ligeira pela capital norueguesa, esteja você com crianças ou não.
3- Munch Museum – o museu do artista que você achou que não conhecia, mas conhece
A criatura engole o criador quando a obra do artista é mais conhecida do que o próprio autor. E é exatamente o caso de Munch, que muitas pessoas não conhecem por nome, mas com certeza já viram em uma apostila da escola ou na internet uma imagem de sua principal obra: o quadro O Grito.
Munch era norueguês e Oslo o homenageou com um baita museu ao lado da ópera e de frente para o mar.
Caso você não queira visitar os 13 andares sobre as obras e vida do artista, é possível pelo menos subir no bar no terraço (sky bar) para apreciar a vista – e uma cervejinha, se você estiver disposto a desembolsar uns NOKs a mais, já que bebidas alcoólicas por lá são extremamente caras.
O ingresso está custando, em 2023, 160 NOK (cerca de R$ 73) por adulto – 100 NOK (cerca de R$ 46) para pessoas até 25 anos e é gratuito para menores de 18 anos. Você pode conferir os valores atualizados aqui.
4- Calçadão Karl Johans Gate: ideal para comprar souvenir e no caminho para o palácio
O Calçadão de Karl Johans Gate começa atrás da estação central e vai em direção ao Palácio Real norueguês, numa reta quilométrica ao estilo estrada mato-grossense.
Ali, além de ser a parada ideal para souvenirs, também estão muitas lojas conhecidas e também restaurantes bons (principalmente nas ruas transversais, longe da muvuca – Mamma Pizza tem uma massa fresca deliciosa e o preço é o normal pra cidade, vale tentar).
O caminho até o palácio é muito agradável. Arborizado, cheio de gente na rua e com diversas opções de cafeterias – teste um café no quiosque do Kaffee Breneriet, uma rede local com diversos pontos espalhados.
O palácio em si é relativamente novo, naquele estilo caixa retangular visto em muitos lugares. Vale caminhar até lá pela vista de cima e também para ver mais de perto.
5– Norsk Folkemuseum: um museu da cultura norueguesa a céu aberto
O Museu do povo norueguês – Norsk Folkemuseum – é uma imersão na história e nas tradições do país. Ele fica um pouco longe do centro, é preciso ir de ônibus do transporte coletivo, mas vale cada centavo para quem se interessa pela cultura da Noruega.
É um passeio de meio dia, por isso talvez seja mais indicados para aqueles que procuram opções do que fazer em Oslo em dois dias ou mais. Porém, em épocas em que o sol se põe pra lá de 23h, vale encaixar no roteiro de um dia em Oslo se as pernas aguentarem o tranco.
O Norsk Folkemuseum é uma grande área verde, com casarões e construções antigas, com destaque para uma igreja viking, no mesmo estilo da Stave Church de Bergen, e também para casas de madeira construídas num estilo peculiar, com toras de madeira encaixadas, assim como se vê na Polônia (e também no bosque do papa em Curitiba).
O que achamos bem legal é que há muitas coisas interativas, em que os funcionários do museu encenam os costumes da época. A Tati, por exemplo, teve a oportunidade de costurar um fio no método tradicional deles.
Os ingressos custam em torno de 18€ para adultos. O Café Arkadia é a única opção de comida (aberto das 10:00 às 17:00), então a dica é levar um sanduba para forrar o estômago.
6- Vigeland Park: o parque das estátuas e com um parquinho enorme para os pequenos
O Vigeland Park fica no caminho do Norsk Museum e também é uma pernada do centro.
Estive lá com a Nina e ela se impressionou com o parquinho na entrada. Ficamos ali uma boa meia hora até podermos visitar as tão famosas estátuas.
O Vigelandpark é famoso pelas estátuas do autor Gustav Vigeland. Ao todo, são mais de 200, incluindo um monolito com várias pessoas esculpidas nele.
Utilidade pública: uma cafeteria ao lado direito da entrada tem banheiro, mas é preciso pagar.
7- Kampen: o bairro de casinhas tradicionais
Uma boa dica do que fazer em Oslo é passear por algum bairro mais afastado para ver um pouco mais da arquitetura antiga e suas casinhas de madeira coloridas.
Kampen, um bairro a 30 minutos a pé do centro, é uma dessas opções. Nos hospedamos lá da primeira vez em que estivemos na cidade e adoramos.
Ficamos a cinco minutos a pé da Kampen Church, que fica numa pracinha com o Kampen Café and Bar, onde é possível comprar folhados e café de barista e sentar-se nas cadeirinhas na praça em frente à igreja.
8- Grünnelokka: o bairro boêmio que enche nos dias de calor
É o bairro boêmio/hipster da capital. Diversos restaurantes, gente sentada do lado de fora dos bares e muita gente na rua. Claramente se vê que é ali que a noite começa. Pelo menos na primavera e no verão, quando dá pra sentar do lado de fora.
Em um dos dias em que a Tati estava trabalhando, sentei no Munch com a Nina para comer hambúrguer com batatas fritas (uma rede local com um burgão responsa) e observar o movimento. A Nina sempre me perguntava por que todo mundo na Noruega fumava! :/
Na parte baixa do bairro, fica um lugar super legal, o Mathalen Oslo, uma praça de alimentação gourmet, com diversos bares e pequenos quiosques vendendo drinks.
Ali, também é possível comprar carnes e frutos do mar frescos.
9 – Nedre Foss Park e suas duas cachoeiras urbanas no centro de Oslo
Para mim, o mais impressionante quando procurávamos o que fazer em Oslo foi saber que no meio da cidade tem duas cachoeiras. E a força da água gerada pelas quedas é suficiente para o pessoal local fazer rafting (pensa no gelo dessa água).
As duas cachoeiras ficam próximas uma da outra, ainda no bairro de Grünnerlokka.
A cachoeira que fica na parte mais elevada do parque é a mais bonita delas (foto debaixo), com uma ponte que fica atrás das quedas e outra com vista para elas – esta conhecida como a ponte do amor, porque as pessoas colocam ali aqueles cadeados tão tradicionais para eternizar o amor.
A ponte de Colônia, na Alemanha, é uma das mais famosas, com uma quantidade incontável de cadeados.
A cachoeira mais baixa tem, inclusive, um parquinho bem em frente. A Nina se esbaldou por lá nas duas vezes em que visitamos.
Vimos fotos delas congeladas no inverno. Dá pra imaginar?
Falando em cachoeira: O que fazer na Islândia: passeios que você não pode perder
10- Jardim botânico e Museu de História Natural
O parque do jardim botânico de Oslo é bonito e bem verde, mas não seria uma visita essencial com crianças se ali dentro não estivesse o Museu de História Natural de Oslo, uma ótima opção do que fazer em Oslo com crianças.
Na verdade, um ingresso dá direito a entrar em dois prédios, o museu zoológico e o museu geológico.
Levei a Nina para fazer esse passeio e gostamos muito. Ali, é possível descobrir diversos animais, incluindo esqueletos de dinossauros – não tão grande quanto o do Museu de História Natural de Nova York – e outras espécies.
Também existem coisas mais interativas, para os pequenos descobrirem um pouco mais sobre o sistema solar e a Terra. Tive que segurar a Nina no colo para ela conseguir enxergar em telescópios ou apertar alguns botões, por isso acho que o museu foi pensado para crianças um pouco maiores – talvez a partir de 7 anos. Mas mesmo assim, ela gostou muito.
No jardim botânico em si, além de muitas espécies de plantas, também paramos para lanchar numa cafeteria em uma casinha de madeira tradicional.
11- Porto de Oslo e saída para Fjord Tours
A área portuária de Oslo é cheia de turistas. Não à toa. Ali ficam os barcos que saem para os tours nos Fjords de Oslo e também barcos que fazem parte do transporte coletivo e levam moradores e turistas a ilhas próximas.
No caminho para lá, já dá pra aproveitar e conhecer a Prefeitura e o Nobel Peace Center. Ambos ficam próximos da região do porto e são prédios destacados na área.
Quem estiver com crianças, quase em frente ao Nobel Peace Center, existe uma pequena área para os pequenos brincarem, com uma rede de corda para se pendurarem.
Museus fechados que só reabrem lá pra frente
Existem dois lugares atualmente fechados para reforma e que não podem ser visitados pelos turistas: o museu do esqui e o Museu da Era Viking (onde é possível ver um barco Viking). O museu do esqui tem previsão de abertura para o início de 2024 e o Museu da Era Viking só deve reabrir um ano depois.
Em Estocolmo, aliás, também visitamos o Vasa Museum, um museu com um barco que afundou logo após partir do porto.
E aí, conta pra gente! Gostou das nossas dicas do que fazer em Oslo? Depois que voltar, passa aqui de novo para dizer se conheceu algo a mais e compartilhar as suas experiências!
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