Como é esquiar na maior pista coberta do mundo?

Por Daniel Courtouke

Jornalista formado e jogador de futebol frustrado, Daniel Courtouke dá seus pitacos e dicas no Viagem 0800 sobre as viagens que fez. Como bom pão duro que é, procura sempre mostrar os atalhos mais econômicos das viagens que faz.

Já pensou em esquiar na maior pista de esqui indoor do mundo? Pois é, nós tivemos essa experiência na Alemanha. Pra ser honesto, não posso comparar com o que deve ser descer uma montanha coberta de neve, até porque essa aventura aí ainda não foi riscada da nossa lista, mas para um iniciante, a adrenalina até que foi bem alta.

Na verdade, me arrisco a dizer que aprender a esquiar ou a fazer snowboard em uma pista fechada é a melhor coisa em relação ao custo-benefício, pois você gasta muito menos do que em uma pista de esqui na montanha e ainda dá os seus primeiros passos em um lugar com neve artificial e sem os desníveis que uma paisagem natural teria, o que eu imagino ser menos perigoso.

O lugar se chama Alpincenter e fica em Bottrop, relativamente perto de Colônia e Dusseldorf.

O ingresso de entrada no lugar garante um buffet de comida o dia todo, open bar de bebida não-alcoólica e até três bebidas com álcool. Ou seja, mesmo que você caia de bunda e desista do esporte, vai ter comida pra te distrair enquanto os amigos se divertem.


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A pista tem 640 metros ao todo e é considerada a maior pista de esqui indoor do mundo. A descida pode levar menos de um minuto se você for rápido.

Eu, com a cautela e sabedoria de quem sabe que uma queda ali poderia me prejudicar para o futebol de segunda-feira com o povo da firma, descia pianinho, em zigue-zague.

Já a subida demora para todos. O Guinness Book ainda não descobriu isso, mas a rampa rolante do Alpincenter também deve estar entre as maiores do mundo da categoria. São mais de 4 minutos de subida para chegar lá no alto e começar tudo de novo.

Esqui x Snowboard

pista de esqui indoor na alemanha

O bom de começar a esquiar na pista de Bottrop é que você pode trocar o esqui pelo snowboard e vice-versa uma vez sem custos.

Foi o que eu fiz, porque fui um DE-SAS-TRE tentando esquiar. A gente resolver começar na pista onde as crianças têm aula de esqui. O lugar é um retângulo de mais ou menos 10 m x 5 m com uma mini (e põe mini nisso) descida.

Ainda assim, eu caí até amortecer a bunda. Na minha melhor tentativa, consegui emendar uns 3 metros em linha reta com os joelhos indo um de encontro ao outro até cair novamente.

Depois de conseguir me molhar com a roupa impermeável, larguei os betes, como dizemos em Curitiba, e fui atrás do snowboard.

Aí, sim, deu samba. Como eu andava de skate quando criança, consegui ter um desempenho melhor com a prancha nos pés.

Mesmo assim, caí algumas vezes. Em uma das quedas, paguei o maior mico do lugar.

Azar de principiante

grupo em pista de esqui indoor na alemanha

Eu, a Tati e a mãe dela na nossa primeira vez esquiando… e caindo também!

Crente que eu tava sendo o Messi do gelo, peguei a câmera GoPro e comecei a filmar a descida. O problema – pelo menos pra mim – é que o início da descida fica antes da parada para o restaurante.

Basicamente a pista tem uma descida inicial, um período de uns 30 metros que é plano mas que dá pra seguir no embalo sem parar e aí sim volta a ter inclinação. Nessa parte plana, o pessoal desacelera e para para entrar na área do restaurante. Como fica difícil caminhar carregando uma baita prancha, todo mundo deixa as pranchas de snowboard e esquis encostados na parede.

Eu vinha descendo com a câmera na mão nessa primeira inclinação. Perto do restaurante, minha prancha começou a deslizar pra esquerda. Numa fração de segundo eu recuperei o equilíbrio, evitei a minha queda e, quando estava prestes a ficar feliz por não ter caído na frente de todo mundo, escutei um barulho.

Era a ponta do meu snowboard batendo em uma prancha encostada na parede. Foi o maior efeito dominó que eu já vi – e escutei. A primeira prancha que caiu derrubou a segunda, que derrubou a terceira e assim por diante.

Só me restou parar, descalçar da prancha e colocar uma por uma no lugar.

Tirando o mico, foi uma experiência super legal – e um pouco dolorida, confesso – que eu indicaria a qualquer um em uma visita à Alemanha.

Dicas para aproveitar o lugar

O lugar oferece aluguel de roupas de frio impermeáveis. Quando fomos, o conjunto de calça e jaqueta custava em torno de 10 euros para o dia.

No entanto, é recomendável levar luvas e gorro de casa, para evitar passar frio nas extremidades.

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