Como escolher o restaurante na viagem

Por Daniel Courtouke

Jornalista formado e jogador de futebol frustrado, Daniel Courtouke dá seus pitacos e dicas no Viagem 0800 sobre as viagens que fez. Como bom pão duro que é, procura sempre mostrar os atalhos mais econômicos das viagens que faz.

Sair pra comer na cidade em que se vive é tranquilo. Você já conhece as melhores pizzarias do bairro, aquele restaurante japonês imperdível, aquele bar legal. Além disso, os amigos sempre indicam algo novo e por aí vai.

Ou seja, quase nunca tem erro!

Agora, quando viajamos a história é diferente. Depender do Trip Advisor ou do Google Maps, por vezes, pode sair mais caro e nem tão gostoso quanto o esperado. Vira e mexe a gente acaba comendo num pega-turista, não tem a experiência local e sai um tanto decepcionado. Certo?

molle antonelliana turim restaurante

Comida boa vai até na xícara, olha só!

Conversando com meu primo Cassio Casagrande – que nas horas vagas ataca de fotógrafo e chef com maestria – durante uma viagem, entramos no assunto justamente ao escolher um restaurante para almoçar. Ao final da discussão e de muitas risadas, saí da mesa com um papel pra seguir como guia para nossas próximas escolhas.

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Bom, se entrar numa furada na hora de decidir onde comer na viagem já aconteceu contigo e você quer saber como evitar na próxima, essas dicas são um passo a passo divertido para escolher um bom restaurante!

Como não escolher um bom restaurante

mandioca frita e suco de limao com coqueiros e praia ao fundo

Alguém chamando para entrar

Pensa da seguinte maneira: se o colega precisa sair do restaurante pra convencer alguém a entrar, talvez o lugar não seja a melhor escolha mesmo. Em alguns lugares, o pessoal até te acompanha na rua, por uns 25 metros, na tentativa de te convencer. Definitivamente, não.

Localização muito turística

Tudo bem, quando a gente está turistando não há como evitar os lugares mais populares, especialmente se estivermos em tal lugar pela primeira vez. É natural que a fome venha na hora em que você estiver na Champs Élysées ou de frente para o Empire State, mas fique com a orelha em pé ao escolher um restaurante por essas bandas, tá?

Menu interminável

Esse aí de Galway, por exemplo, só tinha Fish & Chips no menu.

Restaurante bom tem um menu conciso. A lógica é a seguinte: se a sua especialidade são todas as comidas do mundo, há uma grande chance de que nenhum prato seja espetacular.

Cardápio em 6 idiomas

Coisa muito comum em lugar muito turístico são aqueles restaurantes com o cardápio na entrada e em vários idiomas. Isso aí, amigo, é a técnica mais pega-turista que tem. Se a sua leitura do cardápio vier acompanhada de alguém tentando te convencer a entrar a todo custo, pense duas vezes.

Lugar vazio

Entrou num restaurante vazio na hora do almoço? Eu diria que existe aí uns 20% de chances de ser um lugar bem mais ou menos. Esse critério não deve ter um peso tão grande na sua escolha, mas serve de pequeno alerta.

Banheiro sujo

“Se o banheiro é sujo, imagine a cozinha”, foi só isso que meu primo falou na hora de argumentar contra comer em restaurante de banheiro sujo. Depois disso, fiquei sempre com o pé atrás pra isso.

Comida vem muito rápido

Café da Manhã Hotel Intercontinental Malta

Se a comida for fresca de verdade, tudo precisa de um certo tempo de preparo, não é mesmo? Ao notar esse ponto aqui já não tem volta. A comida já está na mesa, o jeito é torcer pra que pelo menos seja gostosa.



Como escolher um bom restaurante

Depois de ver o que cortar fora da lista de requerimentos, é preciso partir para alguns pontos a serem observados que farão a diferença na sua experiência gastronômica na viagem.

Hostess

Esse aí já indica que o preço possivelmente será salgadinho, mas se alguém aparecer na porta do restaurante para te receber e levar até a mesa (não chamando pra entrar, ok?) pode ser um sinal de que esse é um bom restaurante.

Clientela de idade avançada

Entrou e viu aquele casal na faixa dos 80 anos jantando na mesinha para dois? Olhou pro outro lado e lá estava um senhor com cara de aposentado tomando um café enquanto aguardava a conta?

Então, já temos aí uns 70% de chances da comida ser gostosa.

Flores de verdade

Se as flores da mesa são de verdade, significa que o restaurante tem um cuidado bem grande com todo o ambiente em volta. Pode dar errado de vez em quando, mas cuidado com o cliente quase sempre resulta em uma boa experiência por completo.

Cardápio no quadro de giz

Vi isso poucas vezes na vida, mas se o restaurante tiver o menu em um quadro de giz, significa que os pratos são pensados diariamente (ou semanalmente). Vale a pena dar uma chance ao lugar, grandes chances de você não se arrepender.

Toalha e guardanapo de pano

Mesma coisa do quadro de giz e das flores de verdade: mostram um cuidado com o ambiente, em mostrar um serviço de qualidade antes mesmo de focar nos pratos.

Porém…

Você provavelmente já passou por uma situação em que o restaurante parecia a casa da mãe Joana, mas tinha uma comida deliciosa ou que tinha tudo pra ser legal e no final foi a maior decepção.

cheeseburger no porto em reikjavik, na Islândia

Então, use esse texto como um guia bem-humorado para tentar te ajudar a escapar de lugares pega-turistas na viagem, mas não esqueça que os melhores pratos podem ser servidos em uma barraquinha de rua, como o imbatível hot dog do Mário na frente do shopping Água Verde, do melhor döner do mundo, na frente de uma estação de metrô em Berlim, ou como o Cheeseburger de Siri no porto de Reikjavik da foto aí!

Veja mais:

Como economizar na hora de escolher um hotel

 

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